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Cerca de 100 docentes concluem curso Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Antirracista (ERER)


A educação e o ambiente escolar têm papel fundamental para promover uma sociedade mais justa e igualitária, onde seja valorizada a diversidade, promovido o respeito entre grupos raciais e étnicos e fortalecida a luta antirracista. Foi com o objetivo de instrumentalizar os educadores da região do litoral norte sobre essas temáticas que o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Osório e o Projeto Tertúlias, da UFRGS Litoral, com apoio da 11ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) realizou a 2ª edição do curso Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Antirracista (ERER).
A formação de professores teve início em julho, com encontros mensais na Câmara de Vereadores de Osório. Envolveu cerca de 100 professores da Educação Básica. O terceiro e último encontro presencial foi realizado na quinta-feira, 12 de setembro de 2024. Contou com a participação do professor da UFRGS Litoral Dakir Larara, que durante a manhã apresentou o tema “Mudanças climáticas e Racismo Ambiental”, e à tarde com a professora Daniele Vieira, que abordou os territórios negros na perspectiva da educação e das relações étnico-raciais.
Ao longo desta edição, ocorreram também participações de outros intelectuais e representantes dos movimentos negros e indígenas, como as professoras Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, relatora do Parecer CNE/CP 3/2004, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana; Lucia Regina Brito, intelectual e militante negra; e o professor Bruno Kaingang, primeiro docente indígena da Faculdade de Educação (FACED-UFRGS).
Maiara Alessandra Lopes da Silva, presidente do Neabi do campus, destaca a importante participação das escolas da região durante o curso, compartilhando os trabalhos que desenvolvem sobre a temática da Relações Étnico-Raciais e Educação Antirracista em sua comunidade escolar.
A atividade de encerramento do curso será uma vivência coletiva promovida por cada educador participante envolvendo a escola em que atua e alguma comunidade tradicional do entorno, seja ela um território negro, indígena, ou quilombola. As iniciativas serão registradas em vídeo e, posteriormente, apresentadas em uma mostra local.
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