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Projetos de estudantes do IFRS conquistam prêmios pela décima edição na Febrace


Seguindo a tradição das últimas dez edições, mais uma vez projetos de estudantes de ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) conquistaram prêmios na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A cerimônia de premiação foi realizada no Inova USP, em São Paulo/SP, nesta sexta-feira, 24 de março de 2023.

A feira ocorreu de 20 a 24 de março de 2023, em sua 21ª edição. O IFRS participa desde 2014, apresentando projetos de pesquisa de seus estudantes.

Confira as premiações do IFRS na Febrace 2023

O projeto Biogrape: inovação para tratamento de efluentes têxteis a partir de celulose bacteriana de vinho, da estudante Amanda Ribeiro Machado, orientada pela professora Flávia Twardowski, do Campus Osório, conquistou:

– Segundo lugar em Ciências Agrárias;

– Credencial para participar da Global Environmental Issues  (Genius Olympiad) que trata de questões ambientais globais. A olimpíada ocorrerá de 12 a 17 de junho de 2023, no Rochester Institute of Technology University, no estado de Nova Iorque;

– Terceiro lugar no Prêmio de Inovação ASV, no qual recebeu troféu e kit de produtos;

– Primeiro lugar no Ashland – Student Silver Award, em que ganhou troféu, uma visita ao Techcenter de São Paulo/SP e uma visita técnica à fábrica de Cabreúva, em Jundiaí/SP, com passagens e hospedagem. Amanda também terá o plantio de uma árvore que levará o seu nome.

Sobre o projeto: O objetivo foi desenvolver um material alternativo e sustentável que fosse capaz de remover os corantes utilizados pelas indústrias têxteis da água. Esse material, a celulose bacteriana, foi feito por meio de um processo fermentativo com os resíduos da produção de vinho.  Assim, desenvolveu uma alternativa capaz de tratar os efluentes têxteis utilizando a celulose bacteriana do vinho, de maneira sustentável e ecológica. Dessa forma, dá uma utilidade aos resíduos gerados após a produção de vinhos e, ao mesmo tempo, fornece uma alternativa ao tratamento de efluentes gerados pelas indústrias têxteis.

 

O projeto Eco-socius: jogo educativo sobre a economia circular, da estudante Victórya Leal Altmayer Silva, orientada pela professora Flávia Twardowski, do Campus Osório, ganhou:

– Segundo lugar em Ciências Humanas;

– Menção Honrosa do Prêmio Por um Mundo sem lixo do projeto Movimento Circular.

Sobre o projeto: Foi desenvolvido um jogo didático-pedagógico sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, através de diferentes habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O jogo foi testado por 273 jovens entre 12 e 19 anos de escolas públicas e privadas, obtendo ótimos resultados, sendo avaliado pelos jogadores como um instrumento de aprendizagem e transformação social dentro e fora da sala de aula, demonstrando que é possível aprender e compartilhar conhecimentos sobre a sustentabilidade de modo lúdico e divertido.

O jogo está disponível em formato de tabuleiro, aplicativo (no Google Play Store e na App Store) e na versão Web App, compatível com qualquer dispositivo. O tabuleiro, por sua vez, pode ser baixado no website de distribuição do jogo, para possibilitar que qualquer pessoa possa imprimir, recortar e montar o jogo Eco-Socius. Esses quatros formatos de disponibilização do jogo o torna barato e acessível para toda comunidade, colaborando com a democratização do conhecimento e com cinco dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU.

 

O projeto Sustainpads: da concepção ao públicodas estudantes Laura Nedel Drebes e Camily Pereira dos Santos, orientadas pela professora Flávia Twardowski, do Campus Osório, ganhou:

– Segundo lugar em Ciências Exatas e da Terra.

Sobre o projeto: devido à problemática da pobreza menstrual e dos impactos ambientais causados pela utilização de absorventes higiênicos convencionais surgiu o SustainPads: absorventes ecológicos e acessíveis. A pesquisa foi dividida em três etapas. Na primeira foi adicionado o processo de branqueamento no tratamento das fibras vegetais absorventes que substituem o algodão convencional. Na segunda foi realizado o processo de depósito da patente do absorvente desenvolvido, que custa apenas R$ 0,02 e absorve 65% a mais do que os convencionais, através do auxílio do Escritório de Projetos do IFRS. Finalmente, foi desenvolvida uma plataforma web focada no mapeamento de mulheres em situação de vulnerabilidade, de modo a auxiliar no direcionamento das doações de absorventes. Assim, o projeto contribui para uma sociedade mais circular e para a dignidade humana.

 

O projeto Reciclagem ecoeficiente do vidro na produção de blocos cerâmicos: uma solução para diminuição do lixo ambiental, da estudante Victoria Zimmer Gomes, orientada pela professora Cínthia Gabriely Zimmer, do Campus Feliz, ganhou:

– Quarto lugar em Engenharias.

Sobre o projeto: A pesquisa teve por objetivo investigar uma forma de reduzir a poluição do meio ambiente causada pelo descarte inadequado do resíduo de vidro, visando alguma aplicação industrial. Primeiro foi estudada a inserção desse resíduo no processo produtivo de uma olaria, em que foi possível confirmar a viabilidade técnica e operacional na produção de blocos cerâmicos, com ganhos nas propriedades.

Em uma nova fase, o trabalho apresenta uma abordagem sobre o custo-benefício da adição do resíduo nesse mesmo componente, como uma alternativa para obter um produto com menor quantidade de recursos naturais, melhores propriedades, menor temperatura e tempo de queima, agregando valor ao produto. Para isso, foram preparadas amostras de argila com adições de 20% de resíduo de vidro moído e então testadas quanto à absorção de água, resistência mecânica, quanto ao tempo e temperatura de queima. A partir dos resultados obtidos, a pesquisa concluiu que essa proposta é uma alternativa mais sustentável, eficiente e viável tecnologicamente.

 

> Também participou pelo IFRS o projeto Ativismo político pentecostal nas eleições presidenciais de 2022, da estudante do Campus Bento Gonçalves, Bianca Elizabeth Suthoff Lunkes, orientada pela professora Janine Bendorovicz Trevisan.

 

Confira imagens das estudantes e professoras do IFRS na Febrace 2023:
Sobre a Febrace

A Febrace 2023 teve a inscrição de 1.800 projetos. Desses, foram selecionados como finalistas 225 projetos desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Os finalistas foram apresentados no evento presencial, em São Paulo, de 20 a 24 de março.

Promovida anualmente pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), a Febrace é considerada a maior mostra brasileira de projetos científicos em abrangência e visibilidade. Além de mostra, promove ações com o objetivo de estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

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