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Pesquisa Científica como carreira: Conheça a história de três estudantes pesquisadores do Campus Ibirubá


A pesquisa e a evolução científica beneficiam milhões de pessoas todos os dias e por trás dessas novas descobertas estão cientistas que dedicam suas vidas ao conhecimento. Os pesquisadores atuam em diversas áreas, alguns procuram tratamentos para doenças até então incuráveis, outros procuram entender o funcionamento da sociedade e outros, ainda, trabalham com a terra e sementes, buscando uma agricultura mais eficiente.

Esse é o caso dos estudantes Karine Kunz, Jardel Passinato e Diego Camera, que ingressaram no curso de Agronomia do Campus Ibirubá em 2015. Em breve eles concluirão o curso e pretendem seguir na carreira acadêmica, sendo que já foram aprovados em cursos de mestrado. Conheça um pouco mais sobre essa turma que, mesmo jovem, já coleciona conquistas:

Karine Mariele Kunz

Ao ingressar no curso, Karine começou a participar como bolsista em projetos de extensão e ensino e, logo após, passou para os projetos de pesquisa no laboratório de solos, sob orientação do professor Dr. Ben-Hur Campos e Drª. Sandra Meinen, com destaque para projetos na área de manejo e fertilidade do solo, com ênfase em metodologias analíticas e química do solo. Em 2017, participou do 57º Congresso Brasileiro de Química e conquistou o terceiro lugar na jornada de iniciação científica. Em 2018, seu trabalho “Avaliação de métodos de extração assistida por radiação micro-ondas e ultrassom para a determinação multielementar em solo” foi destaque no 7º seminário de iniciação científica e tecnológica (SICT), e selecionado para representar o IFRS na V jornada de produção científica da região Sul em Concórdia, SC, encontro que contou com a participação de todos os institutos federais da região Sul do país (RS, SC, PR). Seu trabalho de conclusão de curso encontra-se em processo de registro de patente.

A estudante participou da seleção de mestrado em ciência do solo, na Universidade Federal de Santa Maria. A seleção consistiu de uma primeira etapa onde enviou o currículo com todos os documentos comprobatórios das atividades realizadas durante a graduação, e a segunda etapa foi presencial em Santa Maria, onde defendeu sua trajetória acadêmica, como tempo de pesquisa, organização de eventos, cursos extras, participação trabalhos publicados em eventos e premiações. Além da defesa da trajetória era preciso defender um pré-projeto para o mestrado e, ao fim, aconteceu uma prova oral, onde houve questionamentos sobre diversos conteúdos abordados durante a graduação. Durante o curso, ela pretende seguir com foco na área de química do solo.

Quando questionada sobre a importância do Campus Ibirubá em sua trajetória, Karine enfatizou que “o IFRS Campus Ibirubá me proporcionou um ensino de excelente qualidade, os professores sempre estão ao lado de seus alunos para ajudar com as dúvidas, o corpo docente do curso de agronomia é composto por mestre e doutores, de excelente qualidade e comprometimento com seus alunos. Além de me proporcionar a inserção no mundo da pesquisa, o qual é magnífico e que a cada resultado conquistado, nos enche de orgulho. Além da parte profissional, o IFRS me ajudou com um crescimento no lado pessoal também, trabalhando sempre em uma equipe maravilhosa e através de auxílios foi possível conhecer outras pessoas, ver outras realidades, não somente aqui na nossa região, mas sim no Brasil inteiro. As expectativas para a nova fase estão enormes, sempre tive o sonho de realizar mestrado e durante a graduação só tive mais certeza do que gostaria”.

Jardel Henrique Passinato

Logo após terminar o ensino médio, Jardel iniciou o curso de Agronomia e, já no primeiro semestre, participou da seleção de bolsistas de iniciação científica (fomento interno), foi selecionado pelo professor Dr. Ben-Hur Costa Campos para atuar no projeto de pesquisa “Análise quantitativa e qualitativa do sistema plantio direto no Planalto sul-riograndense”, desde então, trabalha como pesquisador no Laboratório de Solos e Tecido Vegetal do Campus. Durante os anos de curso, participou de diversos projetos e hoje atua em um intitulado “Qualidade do plantio direto na localidade de Linha Cristal, Selbach, RS”, o que lhe proporcionou a oportunidade de apresentar os resultados de suas pesquisas em âmbito regional e nacional, dessa forma, conhecendo novas realidades e formas de aprimorar seus trabalhos.

O estudante também foi aprovado para o mestrado em ciência do solo da UFSM onde, para o projeto, focou na linha de pesquisa de manejo do solo em plantio direto, mais voltado para a física do solo. Ele ainda aguarda os resultados finais da seleção do mestrado em Engenharia Agrícola na UFSM, onde participa na área de concentração relação água-solo.
Falando sobre o IFRS, ele enfatiza, “me senti preparado para concorrer em ambos os programas, pois o ensino durante a graduação no IFRS, junto às diversas oportunidades de inserção e vivência no meio científico e também o incentivo dos nossos orientadores, permitiram construir uma bagagem de conhecimento necessária para um profissional da agronomia com ênfase na pesquisa, o que foi fundamental para chegarmos com a aprovação no final destas seleções. Portanto agradeço à Instituição junto aos seus professores e em especial aos nossos orientadores Dr. Ben-Hur Campos e Drª. Sandra Meinen”.
Jardel ainda ressaltou que pretende estudar e trabalhar muito nessa nova fase, para aprender o máximo possível e se tornar um profissional diferenciado. Seu objetivo é encontrar alternativas para contornar problemas que muitas vezes os agricultores da região enfrentam, assim contribuindo no desenvolvimento e aprimoramento da agricultura.

Diego Camera

Diego sempre teve duas ideias muito claras: obter o maior aproveitando de um curso de qualidade como o oferecido pelo Campus Ibirubá e seguir na pesquisa. Desde o primeiro semestre foi bolsista, orientado pelo Dr. Marcos Paulo Ludwig, inicialmente participando de projetos de extensão e, no segundo semestre do curso, migrou para a pesquisa, com bolsa fomentada pela FAPERGS. No decorrer do curso, trabalhou em diferentes áreas, como rotação de culturas e fontes de nutrientes, mas sempre com foco na qualidade de sementes. Ele atuou em um total de 27 projetos de pesquisa e/ou extensão. Seu trabalho de conclusão de curso iniciou em seu primeiro ano de graduação, intitulado “Produtividade em função da qualidade de sementes em plantas de milheto e sorgo forrageiro”. Como bolsista, participou de 13 eventos de porte municipal, estadual ou nacional, que renderam 30 publicações de resumos em anais como autor principal ou coautor. Ele ainda ministrou minicursos baseados em análises da qualidade de sementes em três edições da Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Ibirubá.

Ele concorre uma vaga em três programas de pós-graduação, sendo que já foi selecionado pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UFSM, onde o processo seletivo se deu pela avaliação do histórico do candidato, através da média das notas obtidas ao decorrer do curso e o currículo. Ele ainda aguarda os resultados dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da UFSM e em Fitotecnia da UFRGS, ressaltando que suas expectativas de aprovação são altas. Ele pretende atuar na área de melhoramento genético.

Sobre o Campus Ibirubá, Diego ressalta, “conversando com acadêmicos de outras Universidades vejo que o Campus Ibirubá oferta muitas oportunidades para aqueles que desejam seguir na pesquisa. Durante todo o curso pude executar minhas atividades como pesquisador e bolsista, assistir aulas com professores extremamente qualificados e ainda executar atividades de extensão universitária”.

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