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Programação do “Novembro Negro” discute o “Dia da Consciência Negra” no Campus


No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra. A data serve para reflexão sobre temas como o racismo, a discriminação, a igualdade social, a inclusão do negro na sociedade e a religião e cultura afro-brasileiras. É em razão desse dia tão importante que o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Feliz do IFRS promoveu na última terça-feira, 20, diversas atividades na programação do “Novembro Negro”.

Pela manhã, o painel sobre a História afro-brasileira, com os historiadores Claudia Santos e Carlos Eduardo Stroher (Feevale), procurou discutir a representatividade do negro na sociedade e debater as questões étnico-raciais.

No turno da tarde, em uma roda de conversa, Nadson dos Santos, Adriano Rodrigues José e Karla Guterres debateram a questão das ações afirmativas nas universidades brasileiras. Ainda, oficinas de cerâmica e de estamparia trouxeram características das artes africanas para os participantes, em uma ação realizada pelos alunos dos projetos de extensão “Ceramicando na escola” e “Artistando”, Guilherme Engel, Tainá Guatimosim, Luana Gobatto e Maria Júlia Ehlert, sob coordenação da professora Viviane Diehl.

Já no início da noite, integrantes do Grupo de Capoeira Berimbau Tchê, de Bom Princípio, fizeram uma demonstração dos movimentos da roda de capoeira. Ainda, o coordenador do grupo, Fabrício Luft, explicou sobre a origem da capoeira no Brasil, desenvolvida pelos escravos negros, e como a prática, hoje, é a maior divulgadora da língua portuguesa no mundo. “A capoeira foi criada pelos negros, teve influência do branco, o nome capoeira é de origem indígena, tem várias etnias dentro dela, como o povo brasileiro. Ela pode ser uma luta, pode ser uma dança, pode ser uma brincadeira, uma atividade física e pode ser uma parte musical”, explica Fabrício, Mestre Mondongo.

A gente sabe muito pouco sobre a África e deveria saber muito mais. Trabalhar literatura africana em sala de aula é fazer com que quebremos os preconceitos e racismos”, falou em sua palestra a professora Jéssica Schmitz (Feevale), que trouxe um panorama sobre a literatura africana e a sua significação, caracterizada como literatura de denúncia dos sofrimentos que povo vivia, como uma forma de reforço do sentimento de nacionalismo e de pertencimento africano.

A coordenadora do Neabi do Campus Feliz, professora Karla Guterres Alves, destacou que toda a programação do Novembro Negro foi pensada para que se discuta o tema. “É importante é que vocês saiam daqui pensando que as diferenças na sociedade não são naturais e sim fruto de todo um movimento histórico, mas que vocês podem ser protagonistas nas mudanças desse cenário, de que os espaços sejam múltiplos e que as pessoas consigam se enxergar em todos os espaços”, salientou a professora.

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