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Curso de extensão proporciona conhecimento da Libras para a comunidade
Comunicação e expressão são bases do processo de ensino e aprendizado para a inclusão das pessoas surdas, não só nas instituições de ensino, como também na comunidade. O curso de extensão de Libras busca dialogar e proporcionar o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais.
O projeto é desenvolvido desde fevereiro de 2021 com participação de servidores e estudantes do campus e também da comunidade, divididos em duas turmas, com aulas virtuais nas segundas e nas quartas-feiras, trazendo temáticas diferenciadas a partir de situações do cotidiano dos surdos.
Quem ministra o curso é a estudante do curso de Licenciatura em Letras Português e Inglês do Campus Feliz, Luciane Britsch, com auxílio e orientação pedagógica do professor de Libras Carlos Diego Cardoso Ferreira, colaboração da intérprete Sharon Leonel da Costa e a coordenação do professor Cristiano da Silveira Pereira.
“Libras é uma língua muito nova. Os alunos estão tendo a chance singular de aprender com uma surda, que é a língua dela mesmo”, salienta o professor Carlos Diego Ferreira.
Luciane Britsch, que é surda, conta que está “gostando de ensinar a minha língua para as pessoas aprenderem mais, saberem que é uma língua oficial do Brasil e que é a primeira língua do surdo, a segunda é o português escrito, ao contrário do ouvinte. No começo parecia que ia ser difícil ter alunos, não sabia se eles iam gostar de aprender, mas depois percebi que muitos gostaram, que foram aprendendo a língua e é legal ajudar as pessoas a se comunicarem, eles tão evoluindo bastante, estão respondendo rápido e isso é muito bom”.
O professor Cristiano Pereira fala que as turmas têm em média 48 inscritos, e os participantes têm uma série de atividades que são feitas durante a semana pra avaliação, e está sendo bem gratificante a repercussão do curso.
Como acrescenta Luciane “o surdo é mais visual, então tem alguns sinais que precisam da expressão facial. Trabalhar isso com eles também é importante para permitir que eles consigam conversar com os surdos”.
O curso além de proporcionar à comunidade novos conhecimentos e informação, também vem de uma grande demanda de acessibilidade e implementação do direito do surdo a uma comunicação plena. “Eu queria realmente que tivesse a disciplina de libras, uma escola que ensinasse libras assim como as pessoas procuram aprender inglês, alemão… a libras também é importante”, finaliza Luciane.