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Pesquisas de estudantes conquistam 1º e 2ºs lugares na IFCITEC


Três projetos do IFRS – Campus Osório foram premiados na 10ª edição da Feira de Ciências e Inovação Tecnológica  (IFCITEC) do Campus Canoas, realizada em 23 de setembro de 2022. Uma pesquisa conquistou o 1º lugar e duas receberam o 2º lugar, confira:

 

  • 1.º Lugar Ciências Humanas, Comportamentais e Artes: A presença feminina no campo da saúde: um estudo de caso nos acervos do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, de autoria da estudante Maria Virgínia Souza Guimarães, com coordenação de Marcelo Vianna.

A discente foi contemplada com credenciamento para a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada de 24 a 27 de outubro, em Novo Hamburgo, somando-se a outros trabalhos já credenciados pela MoExP do Campus Osório, promovida em 7 e 8 de setembro.

Ao explorar o material digitalizado para a elaboração de catálogos para o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, surgiu o interesse acerca da questão de gênero, observando a limitada presença de mulheres no meio intelectual e profissional no campo da Saúde e Medicina. Com isso, o estudo visa apresentar e debater a presença feminina durante a primeira metade do século XX através de teses médicas selecionadas e do periódico “Hygia- Revista Mensal Popular de Medicina e Educação Sanitária”.

A metodologia foi dividida em algumas etapas, iniciando com uma pesquisa e análise documental, explorando teses médicas e os exemplares do periódico, possibilitando a realização da pesquisa bibliográfica e historiográfica, onde, na primeira, buscou-se referências teóricas sobre a presença feminina na Saúde para a consolidação do estudo, enquanto na segunda, procurou-se compreender a vida das autoras levantadas anteriormente.

Como resultados, foram observadas temáticas que podem se voltar ao público feminino, como o aborto e a maternidade, bem como artigos escritos por mulheres, das autoras Aurora Nunes Wagner, Maria Clara Mariano da Rocha e Noemy Valle Rocha. Por fim, conclui-se que a digitalização dos acervos do MUHM contribuirá à democratização desses saberes na sociedade, permitindo o resgate do papel feminino em um campo que ainda tem forte protagonismo masculino.

 

  • 2.º Lugar Ciências Exatas e Biológicas: Implantação de sistemas inteligentes de irrigação para a melhoria da produção da agricultura familiar em plantações cultivadas em estufas, de autoria do estudante Cauã Ferraz Jacques e coordenado por Josias Neubert Savois.

O projeto propõe, através de metodologia com características de pesquisa experimental e explicativa, criar um sistema de irrigação totalmente inteligente e automatizado, através do uso de tecnologia com baixo custo. Para gerar o protótipo proposto, são usados como base sensores de umidade do solo e placas de protipagem como arduino, ESP e Raspberry Pi.

A placa de prototipagem recebe programação para receber o nível de umidade detectado pelo sensor, interpretá-lo e, dependendo da circunstância, acionar ou não o mecanismo responsável pela irrigação, o qual atualmente está sendo controlado através de um relé. Inicialmente, os protótipos estão sendo testados em ambientes reduzidos, com características de uma estufa, na intenção de coletar os dados necessários para parametrizar a umidade ideal para cada cultura em diferentes situações.

 

  • 2.º Lugar Ciências Humanas, Comportamentais e Artes: Divulgando conhecimento acerca da história da saúde: digitalização do acervo do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, de autoria das estudantes Giulia Marques Alves e Maria Clara Ferreira Homem e coordenado por Marcelo Vianna.

Tem por objetivo digitalizar os documentos raros do MUHM-RS, bem como produzir catálogos virtuais relacionados à História da Medicina. Tais produtos permitirão fácil acesso aos pesquisadores e protegerão o acervo de manuseios inadequados, além de ser uma divulgação pública de um material histórico relevante. Para isso, estão sendo desenvolvidos quatro catálogos com materiais digitalizados com ampla diversidade de documentos, sendo o primeiro acerca do acervo do Hospital Beneficência Portuguesa, enquanto os demais dedicados às obras bibliográficas raras, teses de medicina e objetos tridimensionais do acervo do Museu.

Uma segunda etapa do projeto será a digitalização de novos materiais e a concepção de jogos voltados à História da Saúde. Neste último, a proposta é desenvolvê-los a partir do laboratório digital WindMaker, adotando um formato educativo a ser disseminado entre o público infanto-juvenil, sendo um deles situado no contexto da Revolta da Vacina (1904) e outro voltado ao material digitalizado. Espera-se que a digitalização contribua para disseminação de diferentes formas de pensar e de articular o conhecimento histórico, contemplando com a prática de jogos.

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