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II Filhas da Luta debate sobre direitos das mulheres e LGBTs


O evento promovido pelo NEPGS e NEABI do IFRS Campus Ibirubá abordou temas relevantes para a sociedade atual, dentre eles o racismo e os direitos das mulheres. O coletivo Ovelhas Negras, composto por estudantes e servidoras do Campus, fez uma declamação artística e elaborou cartazes que decoraram o auditório central e recordaram cenas do cotidiano de muitas pessoas que sofrem diariamente com discriminação e assédio.

A primeira palestrante, Josiane Petry Faria, professora de direito da Universidade de Passo Fundo e membro do ProJur Mulher, trouxe à tona a questão dos direitos das mulheres e relatou casos onde o machismo é tão presente que a própria mulher não vê que foi prejudicada, como em um relato onde uma mulher foi agredida e, no juri, o agressor disse que nunca havia batido nela, pois “não precisava” e, caso precisasse, então a agrediria. Josiane ainda relatou outras situações onde o machismo impera na sociedade e destacou que o feminismo não é o contrário do machismo e, sim, a luta por direitos iguais entre homens e mulheres, sem que um subjugue o outro.

Na sequência, Júlia Wendling, Alice Pereira da Silva e Maria Luísa da Silva Lima trouxeram um pouco de suas experiências dentro do Coletivo Ovelhas Negras e como isso contribui para suas formações enquanto estudantes e cidadãs. Ainda pela manhã, o psicólogo do IFSUL, Willian Guimarães, conversou com o público sobre a violência sofrida pela população LGBT e estratégias de enfrentamento dessas situações. Willian lembrou casos reais de violência e como isso assusta qualquer pessoa, ainda destacou que o diálogo e o conhecimento são importantes aliados para evitar que essas situações se propaguem.

A tarde foi destinada à arte, onde ocorreu uma apresentação cultural do NAC (Núcleo de Arte e Cultura), com uma versão resumida da exposição “Bendito seja o fruto”, criada por eles. E, ao final do evento, a declamação de uma poesia pela professora Nathália Gasparini.

Na última conversa da tarde, a professora Priscila Fróes, do Campus Porto Alegre do IFRS, uma das responsáveis pelo TransENEM, contou mais sobre esse projeto que visa empoderar a comunidade trans por meio do acesso à continuidade dos estudos, seja no ensino básico ou superior, por meio de um curso preparatório para o ENEM, ainda realizam oficinas e atividades de acordo com as demandas da comunidade trans.

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