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Seminário promove reflexão sobre formação humana
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRS promoveu o Seminário de Educação Tecnológica e Humana, que aconteceu dos dias 4 a 6 de agosto. O evento foi uma realização do curso de Engenharia Mecânica do IFRS e contou com mesas de debates e palestras sobre assuntos pertinentes relacionados a Engenharia e suas aplicações, tendo a presença de grandes personalidades da área. A transmissão ocorreu através de lives pelo canal do YouTube da Coordenação de Engenharia Mecânica do IFRS Campus Ibirubá e contou com Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), promovendo acessibilidade.
No primeiro dia, fez-se a cerimônia de abertura pela equipe organizadora do Seminário, representada pelo coordenador do evento, Professor Moises Nivaldo Cordeiro do IFRS Campus Ibirubá, os diretores gerais dos Campus IFRS das cidades de Ibirubá, Erechim, Farroupilha e Rio Grande, Pró-Reitora de Administração do IFRS Tatiana Weber e o professor da UERGS Luciano Andreatta.
De acordo com o coordenador do Seminário de Educação Tecnológica e Humana, Professor Moisés Nivaldo Cordeiro, a definição por realizar um evento chamado de “seminário” é que o termo se origina da palavra “semente” que se conecta com o verbo “semear”. Portanto, o Seminário de Educação Tecnológica e Humana pretende lançar e semear algumas ideias à comunidade acadêmica iniciando debates e discussões direcionadas sobre temas pouco explorados no Ensino em Engenharia, como a formação humana imbricada em uma formação tecnológica. Ainda, o coordenador avaliou que o evento debateu a importância do Ensino em Engenharia e refletiu sobre os desafios da educação técnica frente aos atuais avanços tecnológicos. Também, buscou trazer olhares para que a formação tecnológica se conecte com os desafios da formação humana. Além disso, foi uma oportunidade para estudantes e educadores poderem ampliar seus conhecimentos na área, reforçando o papel transformador do Ensino em Engenharia.
As palestras da primeira noite foram “Permanência e Êxito nos cursos de engenharia”, com a Pró-Reitora Adjunta de Ensino do IFRS, Larissa Brandelli Bucco, que buscou refletir a democratização do acesso ao ensino, a permanência dos estudantes na instituição e fatores que levam à evasão dos educandos; a segunda palestra foi “Curricularização da extensão nos cursos de Engenharia“, com a Pró-Reitora de Extensão do IFRS Marlova Benedetti, que discutiu as mudanças da extensão nos últimos anos, a importância da extensão para a formação acadêmica e de curricularizar a extensão nos cursos.
Na segunda noite, o evento iniciou com uma mesa redonda com os coordenadores do curso de Engenharia Mecânica do IFRS para discutir os desafios no ensino de Engenharia, buscando soluções para a evasão e as possibilidades de atuação nas instituições e empresas, criando vínculo com a sociedade para que conheçam os trabalhos desenvolvidos na engenharia nos Campus IFRS. A primeira palestra foi “Aprendizagem ativa na educação em Engenharia, com a Prof. Dra. Valquiria Villas-Boas, do programa de pós graduação em ensino e Ciências da Matemática da Universidade de Caxias do Sul, que abordou as relações entre professor e aluno no que diz respeito a estratégias de ensino e aprendizagem; a segunda palestra, com o Presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE) Prof. Dr. Vanderli Fava de Oliveira apresentou a implantação das novas diretrizes curriculares nacionais (DCNs) dos cursos de graduação de Engenharia, além de refletir, em sua palestra, a importância do acompanhamento de egressos, discutindo o avanço da Engenharia, os desafios futuros para a engenharia e a falta de engenheiros ocupando espaços de liderança no país.
A mesa redonda do terceiro dia foi com os alunos de Engenharia Mecânica do IFRS para falar das visões e perspectivas acerca dos projetos sociais nos cursos de engenharia e como são suas aplicações na prática, auxiliando a sociedade, pois um bom profissional de Engenharia precisa saber lidar com o público também. A primeira palestra do último dia de evento foi com a Prof. Dra. Liane Ludwig Loder, Diretora geral do Campus Litoral Norte da UFRGS, “Alternativa de formação em Engenharia a partir de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia- BICT”, um curso que tem duração de 3 anos e tem como objetivo a formação de um egresso autônomo, reflexivo e socialmente engajado, com noções de humanidade e ciências.
A última palestra da noite nos convidou para um debate “ Que Engenharia queremos?”, mediada pelos professores Dr. Walter Antonio Bazzo e Dr. Luciano Andreatta C. da Costa, que nos fizeram refletir sobre os efeitos colaterais da tecnologia para a profissão e o que isso impacta na sociedade, também foi discorrido sobre o papel do engenheiro. Ele é mais que um solucionador de problemas técnicos, ou um profissional de exatas. O engenheiro é ser humano que soluciona problemas sociais.
O Coordenador do Seminário, professor Moises Nivaldo Cordeiro faz uma avaliação sobre o evento: “ O volume técnico e a qualidade do evento expresso nas mesas redondas, painéis temáticos e painel debate, refletem o potencial dos cursos de engenharia do IFRS no desenvolvimento de eventos e ações de formação tecnológica e humana que só fazem despontar o nome do IFRS como instituição de ensino preocupada com valores humanos e técnicos das futuras gerações, pois, para ele, o Ensino em Engenharia do IFRS não pode apenas envolver-se na formação científica e tecnológica de seus estudantes, é preciso fazer a diferença na vida do futuro engenheiro. Um ensino onde os conteúdos das disciplinas contextualizam uma formação tecnológica e humana, formando um indivíduo com competências sociais e técnicas que se relacionam com a capacidade de transformar a sociedade.”
Eventos como esse continuarão ocorrendo no IFRS para valorizar a educação e formar cidadãos críticos, com habilidades que vão além do saber técnico.