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Importância da leitura compartilhada e da comunicação não-violenta são temas de defesa da Especialização
Na sexta-feira, 23 de agosto de 2019, o Curso de Especialização em Ensino, Linguagens e suas Tecnologias, do IFRS – Campus Ibirubá, realizou mais duas bancas de defesa da turma que iniciou em 2018.
A acadêmica Patrícia da Silva de Farias foi a primeira a defender o seu Artigo Final diante de uma banca composta por três avaliadores. Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela UNOPAR, Patrícia decidiu abordar o tema “A importância da leitura compartilhada nos primeiros anos da infância”, que, segundo ela, surgiu da percepção cada vez mais nítida de que é preciso incentivar a leitura para que esta contribua de forma significativa no crescimento e na formação das crianças. Ela afirma estar grata ao IFRS- Campus Ibirubá por proporcionar à comunidade regional um curso de especialização, público, gratuito e de qualidade; e agradeceu o apoio e carinho da sua orientadora, a professora Lucilene. A orientadora de Patrícia também fez elogio ao empenho e à determinação da orientanda, e a parabenizou pela defesa de seu trabalho de pesquisa.
A banca foi composta pela orientadora Lucilene Bender de Souza, doutora em Linguística (PUC-RS), através de webconferência, por Paula Gaida Winch, Doutora em Letras (UFSM) e por Fernanda Schneider, doutora em Linguística (PUC-RS). Além de colegas, familiares e amigos, veio assistir a defesa de Patrícia o secretário municipal de educação, cultura, turismo e desporto de Ibirubá, Sr. Henrique Antônio Hentges, uma vez que a pesquisa contou com o apoio da SMECTD. O artigo de Patrícia propôs-se a investigar a importância da leitura compartilhada na aprendizagem da criança nos primeiros anos da infância. A partir da entrevista com auxiliares de ensino e professores das Escolas de Educação Infantil e Creches do município de Ibirubá, que trabalham com crianças de três a quatro anos, Patrícia concluiu que o trabalho de leitura compartilhada vem sendo realizado constantemente junto a essas crianças e, com isso, são observados resultados positivos em relação ao desenvolvimento infantil, embora haja pouca participação da família.
Na sequência, a acadêmica Franciele Aimi defendeu o seu Artigo Final também para uma comissão avaliadora composta de três docentes. Formada em Direito pela UPF, Franciele decidiu abordar o tema “A linguagem no ambiente escolar: um estudo sobre a administração de conflitos por meio da comunicação”, uma vez que não apenas atua na advocacia, mas também na mediação de conflitos extra judiciais, ou seja, é um assunto que ela já conhece e que poderia ser investigado dentro do contexto escolar. Ela afirma estar feliz por fazer parte da história do curso de Especialização em ELT e do IFRS – Campus Ibirubá, instituição pública e gratuita que busca a qualidade. Agradeceu à sua orientadora, a professora Fernanda, não apenas pelas contribuições ao seu trabalho, que foram fundamentais, mas pela amizade construída durante a jornada. A orientadora de Franciele também a congratulou pela defesa do trabalho de pesquisa e a descreveu como uma pesquisadora que possui todas as qualidades necessárias para prosseguir os estudos, pois sempre foi proativa e dedicada. O coordenador-adjunto do curso, Adilson Barbosa, enalteceu a importância do estudo de Franciele. “Numa época em que discursos de ódio, de preconceito racial, regional e social, de xenofobia e até mesmo de elogio à tortura e à morte são proferidos sem o menor pudor por aqueles que deveriam, ao contrário, nos inspirar a uma cultura da paz, a comunicação não-violenta se faz fundamental na nossa vida, principalmente no ambiente escolar, onde convivem a diversidade e a pluralidade de ideais, e onde se deve educar para a convivência social, a cidadania e a tomada de consciência”, afirmou o coordenador.
A banca foi composta pela orientadora Fernanda Schneider, doutora em Linguística (PUC-RS), por Marsoé Cristina Dahlke, Mestre em Modelagem Matemática (UNIJUÍ), e por Paula Gaida Winch, Doutora em Letras (UFSM). O objetivo do artigo de Franciele foi elucidar como a comunicação não-violenta pode contribuir para a prevenção de conflitos no ambiente escolar. Considera que o espaço educativo dentro da escola expressa as relações que estão presentes nas práticas sociais mais amplas. Acredita que é possível, dentro da escola, formar padrões que serão repetidos e difundidos posteriormente, fora dos portões escolares, mas dentro da sociedade.
(Texto: Prof.Dr. Adilson Barbosa)