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IFRS instala usinas fotovoltaicas em 16 campi e lança Programa de Eficiência Energética


Usina no Campus Veranópolis

Com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental e reduzir custos, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul vai lançar, nesta sexta-feira, 11 de agosto de 2023, seu Programa de Eficiência Energética. A meta é adotar iniciativas de gestão e uso inteligente e responsável de recursos que permitam menos impactos ambientais e resultem em economia financeira. O evento de lançamento ocorrerá no auditório do Campus Porto Alegre, às 14h30min.

Um dos pilares do programa é a geração de energia solar, a qual tem vantagens ambientais em relação a outras formas e vai possibilitar, ao longo do tempo, uma diminuição de gastos para a instituição. Usinas fotovoltaicas estão sendo instaladas em 16 campi.

A implantação das usinas começou em 2019 e ocorre em etapas. Estima-se que, no ano de 2024, o IFRS estará produzindo 65% da energia que consome (tendo como base o consumo do ano de 2022). O professor Ivan Jorge Gabe, engenheiro eletricista e integrante do Grupo de Trabalho de Eficiência Energética, explica que o resultado depende do valor nominal da tarifa de energia, enquadramentos tarifários e da rotina de consumo de cada campus, mas a expectativa é atingir uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão anuais (considerando  consumo e tarifas  nas unidades em 2022).

Para viabilizar as usinas fotovoltaicas, a instituição contou com o aporte de uma emenda parlamentar da bancada federal gaúcha (deputados federais e senadores) e recursos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). No total, serão em torno de R$ 7 milhões em investimento, um valor extraorçamentário (não previsto no orçamento institucional e captado de fontes externas).

O reitor do IFRS, Júlio Xandro Heck, destaca a importância da iniciativa para a instituição. “Trata-se de um grande projeto institucional, que contempla, ao mesmo tempo, a busca por soluções sustentáveis de geração de energia e a necessidade imperativa de economia e redução dos custos institucionais. Essa economia vai proporcionar que muitas ações finalísticas aconteçam e beneficiem a nossa comunidade. Além disso, esse projeto coloca o IFRS no grupo das instituições de ensino brasileiras que mais geram energia renovável”, salienta o reitor.

 

Sobre as etapas de implantação

A primeira etapa contemplou a instalação de módulos fotovoltaicos nos telhados das edificações de nove unidades (Alvorada, Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Farroupilha, Rolante, Rio Grande, Vacaria e Sertão), com 443,52 Kwp (quilowatt de potência de pico) instalados. Como resultado, no ano de 2022, o IFRS registrou redução de R$ 264,29 mil nas despesas com energia.

A segunda  etapa começou em 2022 e tem previsão de término em dezembro de 2023, contemplando a instalação de módulos com capacidade total de 1.050 Kpw nos campi Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Ibirubá, Porto Alegre, Restinga (Porto Alegre), Rio Grande, Rolante, Sertão, Osório, Vacaria e Veranópolis (este último gera economia para a Reitoria também). A economia estimada quando todas as usinas desta etapa estiverem em funcionamento é de cerca de R$ 650 mil no ano de 2023.

Segundo o reitor, no início do mês foi confirmado pela Setec/MEC um investimento de R$ 1,6 milhão para a aquisição de novas usinas fotovoltaicas e, com isso, será realizada uma nova fase de implementação.

 

Demais ações do Programa

Outra iniciativa do Programa de Eficiência Energética do IFRS que já teve início é o diagnóstico do perfil energético de cada campus. A coordenadora do programa e diretora de Projetos e Obras (DPO) do IFRS, Queila Tomielo de Camargo, explica que os dados vão embasar as decisões para garantir a adoção de medidas efetivas. “É um passo crucial para entender as necessidades específicas de cada local e identificar as melhores ações a serem realizadas.”

O IFRS também tem uma parceria com o Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética nas Instituições Federais de Educação (EnergIFe), do Ministério da Educação. Por meio dele, será implementado o Portal de Gerenciamento de Energia, o qual visa permitir o monitoramento em tempo real do consumo de energia elétrica e de outras variáveis relacionadas em cada unidade instalada.

A instituição tem como metas melhorar o desempenho energético dos prédios existentes e na construção de novas edificações do IFRS, instalar sistemas de aproveitamento de água da chuva e reduzir em 20% o consumo energético e de água. Para isso, quer contar com a participação da comunidade acadêmica. Iniciativas de conscientização e educação para estudantes e servidores estão previstas, e eles serão convidados a se envolver em projetos relacionados à eficiência energética.

O Programa de Eficiência Energética do IFRS é coordenado pela Pró-reitoria de Administração do IFRS, por meio da Diretoria de Projetos e Obras (DPO), e operacionalizado por um Grupo de Trabalho, com servidores da área de engenharia de diferentes campi.

 

Saiba mais sobre a energia solar

O sistema das usinas funciona a partir da radiação solar incidente nas células fotovoltaicas instaladas nos telhados dos prédios. Uma corrente elétrica é produzida e é possível injetar essa energia na rede elétrica da instalação. A energia pode ser consumida instantaneamente ou, se não houver demanda no momento, vai para a rede elétrica da cidade e pode ser usada para compensar parte do consumo em momentos nos quais não exista produção pelo sistema fotovoltaico, como à noite (neste caso, há incidência de imposto e taxas operacionais da concessionária, o que reduz um pouco a economia).

A energia solar é uma fonte de energia limpa e renovável, que não libera poluentes ou gases de efeito estufa. Outro ponto importante é que uma vez instalado o sistema, a geração de energia solar permite reduzir os custos operacionais relacionados ao consumo de energia elétrica.

O professor Ivan Gabe ressalta que a energia produzida pelo sistema fotovoltaico emite 96% menos gases de efeito estufa do que das termelétricas a carvão e óleo combustível, quando considerado todo o ciclo de vida das usinas. E apresenta vantagens frente à geração hidráulica por não necessitar de alagamento de terras, que pode produzir emissões pela decomposição de material orgânico.

 

Sobre as usinas fotovoltaicas no IFRS

O sistema em instalação no IFRS é automatizado. Dessa forma, não há necessidade de operacionalização de equipamentos, devendo apenas ser realizado o monitoramento remoto através do banco de dados dos inversores de frequência para identificar algum funcionamento inadequado ou desligamento não esperado. A necessidade de manutenção consiste na lavagem semestral (ou em menos tempo no caso de muita sujeira) dos módulos e inspeção das conexões elétricas dos componentes do sistema fotovoltaico. Cada painel possui aproximadamente dois metros quadrados e pesa 28 quilos.

O sistema de monitoramento das unidades fornece os dados de geração e, em algumas unidades, esses podem ser cruzados com informações de estações meteorológicas, gerando, assim, um conjunto de dados para ações de pesquisa, ensino e extensão.

 

Primeira etapa

Instalação em 2019

Campi Alvorada, Rolante, Vacaria – duas usinas de 18,48 Kwp de potência cada

Campi Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Farroupilha, Rio Grande e Sertão – três usinas de 18,48 Kwp cada

Potência instalada: 443,52 Kwp

Painéis solares: 1.152

Investimento: R$ 1,76 milhão, com recursos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação

Economia gerada em 2022: R$ 264,29 mil

 

Segunda etapa

De 2022 a dezembro de 2023

Campi Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Ibirubá, Porto Alegre, Restinga (Porto Alegre), Rolante, Sertão, Osório, Vacaria e Veranópolis (este último gera economia para a Reitoria também) – uma usina fotovoltaica de 25 kpw de potência cada

Campus Rio Grande – duas usinas fotovoltaicas de 25 kpw de potência cada

Campi Erechim, Feliz, Ibirubá, Porto Alegre, Restinga (Porto Alegre), Rio Grande, Sertão, Osório e Veranópolis (este último gera economia para a Reitoria também) – uma usina fotovoltaica de 75 kpw de potência cada

Potência instalada: 1.050 kpw de potência

Investimento: R$ 3,73 milhões (são R$ 2.639.00,00 provenientes de emenda parlamentar da bancada gaúcha de senadores e deputados federais; R$ 1.000.500,00 da Setec/MEC e R$ 92.500,00 do Campus Sertão do IFRS)

 

Terceira Etapa

Com detalhes a serem definidos

Investimento: R$ 1,6 milhão da Setec/MEC

 

Fonte: Departamento de Comunicação da Reitoria

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