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Evento do Campus Ibirubá mostra desafios e superações no cotidiano de pessoas com deficiência


No dia 1º de setembro, o NAPNE- Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas do IFRS- Campus Ibirubá realizou o evento “Histórias, Trajetórias e Memórias: Desafios e superações no cotidiano das pessoas com deficiência”, que foi transmitido pelo canal do YouTube do IFRS Campus Ibirubá e interpretado em LIBRAS. O objetivo do evento foi trazer elementos para contribuir com a discussão no que diz respeito as ações afirmativas dentro do ambiente escolar.

Os convidados do evento foram a Tecnóloga em Alimentos do IFRS Campus Ibirubá Tassia Michele Schwantes, o Professor em Arquivologia do IFRS Campus Porto Alegre William Gontijo e a Professora de Física, uma das fundadoras da Associação de Pais e Amigos dos Surdos (APAS) de Passo Fundo, da qual foi presidente por 3 mandatos e atual presidente do COMDICA, onde ocupa a cadeira de Conselheira pela APAS Salete de Souza. Os convidados são mães e pai de pessoas com deficiência e puderam compartilhar suas experiências com os presentes, fazendo jus ao título do evento, contaram suas histórias, trajetórias e memórias e como foi o processo de descobertas, convivências e superações.

Tássia é mãe de Arthur, uma criança de 1 ano e 8 meses com Síndrome de Down, e relatou como foi a preparação desde a descoberta após o nascimento, assim como os preparativos e acompanhamentos com médicos especialistas como fonoaudiólogos, fisioterapeutas que vão atender as necessidades e limitações da criança.

William é pai dos gêmeos Arthur e André – diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista – e contou que ele e a mãe encontraram dificuldades em receber um diagnóstico preciso, por isso o tratamento ideal não foi realizado desde o início, além de precisarem procurar por bastante tempo médicos que pudessem auxiliar nas necessidades. Hoje, seu filho André recebe acompanhamento de psicomotricista, fonoaudiólogo e faz Musicoterapia, e ele e a esposa aprendem coisas novas diariamente

Salete de Souza é mãe de duas pessoas surdas. Na época, não havia o teste da orelhinha para diagnosticar previamente, Salete desconfiou da condição, pois não havia resposta aos barulhos. Foi uma das fundadoras da APAS, pois se preocupou com a aprendizagem de sua filha mais velha e sentia a necessidade de uma escola que fosse especializada a atender pessoas surdas, visto o alto índice de surdos que não completavam o Ensino Médio. Na APAS, há o empoderamento das pessoas para a realização de tarefas, adequando-as às suas necessidades. Um relato comum para os pais, é que já encontraram alguma dificuldade nas escolas e uma das sugestões foi o ensinamento de Libras desde as séries inciais, além de disciplinas que contribuam para o conhecimento sobre as diferenças e a preparação de professores para atender PCD’s.

Para efetivação de uma escola inclusiva, é necessária uma política inclusiva de qualidade, onde as oportunidades sejam as mesmas, sem discriminação e onde as diferenças sejam valorizadas. A escola deve dar condições favoráveis ao aprendizado, e o IFRS Campus Ibirubá se mostra disposto a encontrar soluções para a realização desse objetivo.

A conversa na íntegra pode assistida no YouTube do IFRS Campus Ibirubá:

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