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Estudante do Campus Ibirubá cursa semestre de engenharia no Canadá
O intercâmbio de Ana faz parte do acordo do IFRS com o Sault College. O Instituto, através da Assessoria de Assuntos Internacionais, possui diversos acordos de cooperação com instituições estudantis de vários países. Fique atento ao site e às redes sociais do IFRS, no qual as oportunidades são divulgadas.
Bastam poucos minutos de conversa com Ana Lara Kuhn para ficar claro: se trata de uma jovem que sabe bem o que quer e se esforça para isso. A estudante de 22 anos cursa Engenharia Mecânica no Campus Ibirubá. Residente de Selbach, ela queria ir além. O sonho? Fazer um intercâmbio fora do país.
Egressa do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Mecânica do mesmo campus, Ana conta que desde aquela época já tinha essa vontade, porém sabia que para torná-la uma realidade, precisava de preparo. Para isso começou a estudar inglês. “Não é algo que se aprende do dia para noite, então fui fazendo aulas para me capacitar. Essa vontade me motivou a também participar de projetos de pesquisa e extensão no Instituto para construir um currículo que me possibilitasse concorrer a uma bolsa internacional.” E foi o que aconteceu. Em fevereiro de 2022 surgiu a oportunidade, através de um edital de bolsa, para cursar um semestre da graduação no Canadá.
A concretização dos planos
Passados os trâmites burocráticos, Ana Lara embarcou em janeiro de 2023 para o tão sonhado intercâmbio. Na mala, além de roupas para as temperaturas negativas típicas do país, tinha também um pouco de medo e insegurança, mas muitas expectativas. Lá está cursando Mechanical Engineering Technician – manufacturing (Técnico em Engenharia Mecânica – Manufatura) e vai permanecer por um semestre no Sault College, localizado na cidade de Sault Ste. Marie, Ontário, município de 80 mil habitantes. “Aqui é bem maior que a minha cidade, mas ao mesmo tempo não senti muita diferença, pois é muito tranquila.”
O inverno rigoroso também não chega a ser um problema, pois, conforme a estudante, dentro dos ambientes é agradável e fora deles basta vestir-se adequadamente. “A neve é algo novo e muito lindo, além disso estamos podendo realmente aproveitar a experiência da estação, participando de várias atividades na neve.”
Sobre o inglês, ela diz que a primeira semana foi a mais difícil, mas passado o impacto inicial se tornou natural. “É realmente a imersão que torna tudo mais fácil.” Já no College o esforço foi grande e exigiu várias horas de estudo para as provas e os trabalhos. Ela menciona que existia o receio de não entender e não conseguir se expressar na escrita na hora dos testes: “Mas estou tendo um desempenho muito bom e isso está sendo gratificante.”
Com relação às expectativas, avalia estarem sendo atendidas e superadas em diversos aspectos. “A infraestrutura do College é maravilhosa. Para as aulas alguns professores não me parecem tão qualificados quanto os nossos no Brasil, isso mostra que devemos valorizar mais a educação de excelência do nosso país.”
Suporte e acolhimento
A estudante relata uma certa dificuldade com os hábitos alimentares do país. “A comida é um dos maiores desafios, eles não têm almoço. Têm a janta com mais sustância, mas ainda assim sinto falta da comida brasileira. Aqui é muita comida congelada, é mais difícil. Agora já estou mais habituada, porém sempre tem um choque cultural, tanto pela comida quanto pelos costumes.” Entretanto, a aluna afirma gostar de viver em homestay (hospedagem em casa de família) e diz sentir-se em casa. Para além disso, ela conta com o apoio da instituição canadense para lidar da melhor forma com essas questões. “Fazemos uma matéria para aprender sobre isso, chama-se academic transition e, além disso, temos todo suporte aqui.”
O departamento internacional possui um calendário de atividades para que exista integração e a vivência do Canadá. “Já fizemos bonecos de neve, escalamos parede congelada, patinação no gelo”, diverte-se. No tempo livre ela aproveita para conhecer lugares como galerias de arte, parques e restaurantes. Ana já fez vários amigos de outros países, como México, Filipinas, Costa Rica, República Dominicana, Índia e Colômbia. Já os canadenses ela diz serem um pouco mais fechados.
Sobre o futuro, após terminar a bolsa canadense, Ana planeja retornar ao IFRS, reaproveitar as disciplinas que está cursando no Canadá e terminar a graduação. “Da melhor forma possível, talvez conseguir um emprego numa multinacional para colocar em prática tudo que estou aprendendo ou quem sabe alguma oportunidade internacional. Mas, tudo pode mudar”, finaliza.
Bolsa canadense
O intercâmbio de Ana faz parte do acordo do IFRS com o Sault College. O programa Emerging Leaders in the Americas Program (Elap) financia as despesas com passagens aéreas, moradia, alimentação, livros e material para estudo. O estudante só paga o que estiver fora disso. A análise para a concessão da bolsa é feita pelo governo canadense.
O IFRS, através da Assessoria de Assuntos Internacionais, possui diversos acordos de cooperação com instituições estudantis de vários países. Fique atento ao site e às redes sociais do Instituto, no qual as oportunidades são divulgadas. Há também descontos em testes de proficiência. Para saber mais acesse: https://ifrs.edu.br/extensao/assessoria-de-assuntos-internacionais/
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