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Palestra debate desafios e avanços da mobilidade elétrica no Brasil


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Os veículos elétricos ganharam espaço no Brasil nos últimos anos. Atualmente, a frota de modelos elétricos e híbridos já ultrapassa 400 mil unidades, o que representa cerca de 7% dos automóveis em circulação no país. A fim de discutir esse cenário e seus impactos, estudantes dos cursos técnicos em Eletrotécnica e Mecânica e do Bacharelado em Engenharia Mecânica participaram de uma palestra em 26 de setembro intitulada “Veículos Elétricos: panorama atual, desafios e tendências para o futuro”. A atividade, organizada pelo professor Luciano Baldissera, fez parte do programa Eletrotécnica para Todos, o qual tem como objetivo aproximar a comunidade acadêmica e regional das mudanças no setor elétrico, automotivo e energético.

O convidado foi o professor Nelson Knak Neto, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus Cachoeira do Sul. Pesquisador da área há mais de duas décadas, Nelson é responsável pela elaboração da Rota Elétrica Mercosul, projeto que conecta o litoral gaúcho a pontos de recarga rápida.

Na abertura da palestra, ele apresentou o contexto atual da mobilidade elétrica no Brasil e explicou a evolução dos veículos ao longo dos últimos anos. Entre os desafios para a popularização dessa tecnologia, destacou o tempo de recarga. Em residências, a bateria pode levar mais de 12 horas para atingir a carga completa. Mesmo em estações rápidas, ainda é necessário cerca de meia hora para que a carga passe de 20% para 80%.

O custo de implantação da infraestrutura também foi abordado. Uma estação de recarga rápida, somada à estrutura necessária, pode chegar a 400 mil reais. No caso da Rota Elétrica Mercosul, foram instalados 11 pontos de recarga ao longo de 905 quilômetros, ligando Torres ao Chuí. A equipe da UFSM desenvolveu o projeto em parceria com a CEEE, como parte da expansão da rede no Rio Grande do Sul.

Encerrando a apresentação, Nelson apontou as principais tendências do setor para os próximos anos. Entre elas, a ampliação da autonomia dos carros de passeio, que pode alcançar até 600 quilômetros por carga, e a chegada de veículos pesados, como caminhões e ônibus, ao mercado brasileiro de mobilidade elétrica.

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