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Atividade realizada pelos estudantes do Ensino Médio Integrado, em parceria com o NAC é exposta junto à Feira do Livro e à Frinape 2022


Refletir em torno da arte e da literatura, através de nomes representativos, constituiu um dos pontos centrais deste estudo, intitulado “Ressignificando as Instruções de Yoko Ono”, apresentado,
através de uma Exposição, no dia 16 de novembro de 2022, na Cidade da Cultura, junto à Feira do Livro e à FRINAPE, de Erechim/RS. A mesma faz parte de uma ação vinculada ao Núcleo de Arte e Cultura (NAC), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS – Campus Erechim).

Como ponto de partida, este trabalho retomou uma primeira experiência, desenvolvida com os(as) estudantes do terceiro ano do Ensino Médio Integrado em Informática, do IFRS – Campus Erechim, durante as aulas da disciplina de Artes III, ministradas pela professora Elisa Iop. Agora, este mesmo grupo se dedicou a uma nova ressignificação da arte performática de Yoko Ono, realizada durante as aulas da disciplina de Literatura III, mediadas pela professora Carina Zonin. Desse modo, a exposição que se apresentou vem a ser uma extensão de outra, realizada no próprio Instituto, perfazendo maior familiaridade e uma compreensão ainda mais aprimorada do fazer artístico de Yoko Ono, além de reunir experiências vivenciadas graças ao trabalho interdisciplinar.

O primeiro trabalho, vinculado à disciplina de Artes III, inspirou-se no estudo da Arte Conceitual, mais especificamente, das instruções, apresentadas por Yoko Ono, na exposição, O céu ainda é azul, você sabe…, realizada no Instituto Tomie Ohtake (SO), sob curadoria de Gunnar B. Kvaran, no ano de 217. Já, esse segundo, desenvolvido na disciplina de Literatura III, tomou por base, além da referida exposição da autora, a obra Grapefruit: o livro de instruções e desenhos de Yoko Ono, originalmente, publicado em Tóquio, em 1964, que reúne instruções e desenhos, elaborados nos primeiros anos da década de sessenta.

A essa perspectiva, traçada pela utilização do gesto performático, por meio de Instruções, estendeu-se uma ponte com a poesia moderna brasileira. Em outras palavras, a exposição que se apresentou teve como propósito promover uma experimentação, orientada pelo fazer artístico de Yoko Ono, das poesias modernas, mais especificamente, Porquinho da índia (1930), de Manuel
Bandeira; Angústia e reação (1930), de Murilo Mendes; Congresso internacional do medo (1942) e A flor e a náusea (1945), de Carlos Drummond de Andrade; além de A educação pela pedra (1966), de João Cabral de Melo Neto.

A essas ressignificações, ficou o convite para experimentar as Instruções, propostas através de elementos simbólicos, como a pedra, a árvore, o papel amarelo, o manequim, as correntes, tencionando diálogos, por meio de reflexões críticas e criativas, um fio que se vai tecendo, desde a arte propositiva de Yoko Ono até a produção poética dos modernos, um engajamento arte-vida que encontra ressonância nos dias atuais.

    

    

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