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Performance “Abaixo de mau tempo: o que nos resta?” emociona público e resgata memórias no Festival de Arte e Cultura do Campus Bento Gonçalves


Espetáculo do Campus Veranópolis relembra tragédia climática de 2024 e provoca reflexão sobre solidariedade e superação

A 14ª edição da Mostra Técnico-Científica (MTC) do Campus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) foi marcada por um momento de forte emoção durante o Festival de Arte e Cultura, realizado na última quinta-feira, 17 de outubro. A apresentação “Abaixo de mau tempo: o que nos resta?”, desenvolvida no âmbito do projeto de ensino Artes da Cena do Campus Veranópolis, transformou o ginásio em um espaço de memória e reflexão sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024.

A escolha do local para a performance teve um significado especial. Durante o período mais crítico da tragédia, o ginásio do Campus Bento Gonçalves tornou-se ponto de coleta e distribuição de doações para as vítimas. Reviver o espaço por meio da arte trouxe à tona lembranças de dor, empatia e reconstrução.

O espetáculo, criado e interpretado por estudantes do projeto, uniu elementos cênicos, visuais e sonoros para abordar temas como a perda, a solidariedade e a relação humana com o meio ambiente. O público acompanhou em silêncio cada gesto e som, imerso na atmosfera poética que remetia à experiência coletiva da catástrofe.

Um dos momentos mais tocantes aconteceu ao final da apresentação, quando uma servidora do IFRS compartilhou sua emoção com o grupo, relatando que a performance a fez reviver o período de mobilização e dor vivenciado pela comunidade durante as enchentes.

Para a professora Magda Schiavon de Rossi, coordenadora do projeto, o retorno do público confirma o papel transformador da arte no ambiente educacional. “O projeto busca, além do desenvolvimento técnico, a relação com questões sociais e humanas urgentes. Levar ‘Abaixo de mau tempo: o que nos resta’ para o ginásio foi um ato político e poético, um resgate da memória coletiva da instituição e do estado”, destaca.

 

 

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