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Diretor eleito fala sobre desafios e prioridades


O diretor-geral eleito do Campus Veranópolis do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Daniel de Carli, fala sobre desafios e prioridades para a próxima gestão da unidade. Daniel foi eleito pelos servidores e estudantes no dia 2 de outubro de 2019, na primeira eleição para diretor-geral realizada no Campus (até então, os diretores eram pro tempores, indicados pelo reitor). A posse deve ocorrer em fevereiro de 2020, para um mandato de quatro anos. Ele foi candidato único e substituirá o atual diretor-geral, Erik Schuler.

Apresentação do diretor eleito:

Daniel de Carli, 44 anos, é formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, tem especialização em Redes de Computadores e mestrado em Educação. Atua na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica desde o ano de 2010, como analista de sistemas, inicialmente no Campus Bento Gonçalves do IFRS. Concomitantemente, em 2013 atuou como professor temporário 20h no Campus Feliz do IFRS, por um ano e meio. Foi coordenador do sindicato SinasefeBG por dois anos. Em 2014, foi para Veranópolis para trabalhar no início da implantação do Campus Avançado. De outubro de 2015 a abril de 2016, foi diretor-geral do campus no período de transição pelo falecimento do então diretor Fábio Marin. Foi também coordenador de Desenvolvimento Institucional e coordenador do Setor de Tecnologia da Informação no Campus Veranópolis.
Entrevista:

1) O que você considera como principais desafios para a gestão do Campus Veranópolis no próximo quadriênio?

Daniel de Carli – A educação apresenta desafios de várias ordens quando se trata de educação pública, mas cito aqui dois: a falta de recursos financeiros e a falta de pessoal (servidores). Acredito serem esses os principais desafios de gestão para os próximos anos, pois há um gargalo muito grande, principalmente de ordem financeira. A destinação de recursos escassos às instituições de ensino frustra planejamentos mais ambiciosos.

Hoje, o Campus Avançado Veranópolis é o único campus dentre os 17 do Instituto Federal do Rio Grande do Sul que está constituído na condição de Campus Avançado. Essa situação – sermos campus avançado e não campus de fato – limita nosso orçamento e o número de servidores, por força de portaria do Ministério da Educação. Sem dúvida, esse é outro grande desafio: nos tornarmos campus de fato. Para isso, será necessária articulação política regional na tentativa de buscarmos, junto ao MEC, a transformação de campus avançado para campus. Dessa forma, tanto nosso orçamento quanto o limite de recursos humanos serão ampliados, possibilitando um maior potencial na oferta de novos cursos e modalidades que beneficiarão toda a região.

 

2) Quais serão as prioridades?

Daniel de Carli – Dentre as prioridades está a consolidação dos cursos já ofertados no Campus nas modalidades Integrado ao Ensino Médio e Superiores de Tecnologia e a oferta de um novo curso Técnico Integrado ao Ensino Médio. Precisamos nos destacar como referência de ensino, pois somos uma instituição que tem como missão a oferta de um ensino público, gratuito e de qualidade. Também será prioridade uma inserção maior do Campus Veranópolis na comunidade por meio de projetos e convênios que terão como objetivo auxiliar no desenvolvimento socioeconômico da região de forma mais incisiva.

 

3) O que a comunidade da região pode esperar do Campus Veranópolis?

Daniel de Carli – Em primeiro lugar, a comunidade pode esperar um ensino público, gratuito e de qualidade, seja em qual for a modalidade de ensino ofertada. Os Institutos Federais destacam-se em nível nacional pela qualidade do ensino e Veranópolis tem o privilégio de ser a cidade-sede de um campus que atende de forma direta a uma região de 19 municípios. Nos próximos anos, buscaremos maior aproximação da instituição com a região de atuação, pois temos potencial para firmarmos parcerias, ofertarmos projetos de ensino, pesquisa e extensão, cursos na modalidade a distância, além dos cursos regulares e presenciais. Dessa forma, buscaremos nos consolidar cada vez mais na região como instituição referência de ensino, e quem ganha com isso tudo é a nossa comunidade.

 

4) O que mais gostaria de acrescentar:

Daniel de Carli – Apesar das dificuldades financeiras, é necessário buscar soluções para que o Campus não pare de crescer. Uma primeira etapa foi realizada, com a reforma física do Campus com recursos buscados por meio de verbas extra orçamentárias – cito aqui o diretor da atual gestão do Campus, Erik Schuler, que conduziu essa etapa. Novos projetos físicos e reformas precisam acontecer e é papel da gestão buscar alternativas à falta de recursos orçamentários, pois nossos alunos e servidores precisam ter todas as condições necessárias para que nosso objetivo de ofertar uma educação de excelência seja alcançado.

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