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Colóquio aborda temática indígena e negra


O V Colóquio As Mil Humanidades aconteceu nos dias 13 e 14 de novembro, no Campus Ibirubá. A ação foi promovida pelo NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas), pelo NEPGS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade) e pelo Coletivo Ovelhas Negras.

A primeira palestra foi ministrada pela professora Kassiane Schwingel e as estudantes indígenas Luana da Silva e Silvana Domingos (povo Kaingang) e Ivanilde da Silva (povo Mbya Guaraní), do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN). Nessa oportunidade, a abordagem foi a respeito dos preconceitos sofridos pelas pessoas indígenas e da resistência que eles desenvolvem para conseguir manter sua cultura em um local de predominância de culturas diversas. Luana contou um pouco sobre a dificuldade de frequentar a universidade sendo mãe e não tendo a possibilidade de levar seu filho junto nas aulas, pois na cultura de seu povo, os pais ensinam os filhos com a vivência prática, possibilitando que desde pequenos participem das mesmas atividades que os adultos. Durante a tarde e noite, a palestra seguiu na temática, porém destacou mais pontos sobre a inclusão da temática indígena nas escolas. Maurício Lopes Lima, integrante do neabi e um dos organizadores do evento enfatizou que “nossa sociedade tem muito o que aprender com a cultura indígena”.

Nas oficinas ofertadas no segundo dia de evento, as temáticas foram variadas, abordando desde práticas pedagógicas até a capoeira, dança misturada com luta característica dos povos afrobrasileiros. Na oficina de turbantes e bonecas abayomis, a diretora de ensino, Sandra Peringer, destacou que o conhecimento foi muito proveitoso, elas aprenderam diferentes formas de amarrar os turbantes e também um pouco da história deles e das bonecas, que eram confeccionadas pelas mulheres negras que eram trazidas da África como escravas, então, rasgavam pedaços de suas vestes e faziam nós, formando uma boneca, para entreter seus filhos nas longas viagens de navio. Hoje, as abayomis são símbolo da cultura afrobrasileira, pois como não têm rosto, representam todas as etnias.

 

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