Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Campus Caxias do Sul

Mais do que um reconhecimento pelos resultados atingidos no teste nacional de exatas, a experiência também representa um incentivo para os estudantes que se identificam com a área e enxergam a matemática como uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional.

— Para mim a medalha é uma motivação pra estudar mais e a Olimpíada ajuda a mostrar que não é ruim, não é difícil, as pessoas não veem a beleza que a matemática tem — afirma Krístofer, 15 anos, que participou do concurso pela Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel José Pena de Moraes, onde cursa o 9º ano.

Esta foi a primeira medalha de ouro conquistada por um estudante da instituição. Para Krístofer também. A vitória veio depois de duas medalhas de prata consecutivas, que garantiram a inclusão no Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que fornece uma bolsa de estudos em matemática, com o valor mensal de R$ 100 e aulas que podem ser presenciais ou online.

O reforço é importante para Krístofer, que pretende seguir carreira profissional relacionada às exatas, cogitando curso superior de engenharia civil ou economia.

Na Bahia, a experiência foi além da matemática, e levou o estudante a vivenciar uma integração com premiados do Brasil inteiro, na cerimônia que também contou com a presença de representações nacionais como o ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes.

— Me marcou uma frase dita pelo ministro na cerimônia: “estudem, persistam e sejam sempre melhores do que os outros acham que você é” — lembra o medalhista, que sempre contou com incentivo da família, sendo agora chamado pelos parentes de “menino de ouro”.

Incentivo aos cálculos

O incentivo da família desde a infância também foi para a estudante Ana Lídia, 15, um dos fatores que podem ter contribuído com sua conquista do ouro na premiação da OBMEP. A estudante, que hoje cursa o Ensino Médio integrado com o curso técnico em Plásticos do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) de Caxias, participa do concurso nacional desde que cursava o 6º ano. Antes do ouro também foi medalhista de prata por duas edições, representado a Escola Estadual de Ensino Fundamental Maguary.

— Foi muito bom porque foram quatro anos estudando muito. Na última vez, fiquei bem perto de ganhar ouro, agora espero conseguir de novo —comenta a estudante, que pretende trabalhar com exatas, mesmo que a área seja ocupada majoritariamente por homens.

— Na premiação pediram para que só as meninas levantassem e realmente éramos minoria. É muito bom fazer parte desse grupo, eu amo matemática e pretendo trabalhar com isso futuramente.

O também medalhista de ouro caxiense João Vitor, 13,  soma a nova conquista a uma medalha de prata que ganhou na edição anterior. As participação na OBMEP abriu portas para o estudante, que também pretende atuar em alguma profissão que envolva matemática.

— Tem muitas pessoas que não gostam. Para mim, a Olimpíada traz oportunidades e incentiva o conhecimento. Além disso tem a bolsa, que incentiva ainda mais — comenta o estudante do 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Antônio Vieira, que também conquistou bronze na prova da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).

:: Confira os medalhistas da região que ganharam ouro da 14ª OBMEP:

Caxias do Sul
Ana Lídia Ferreira Behringer
EEEF Maguary

Joao Vitor de Vargas Cendron
EMEF Padre Antônio Vieira

Krístofer Guilherme dos Santos
EEEF Coronel José Pena de Moraes

Nova Petrópolis
João Paulo Almeida Sander
EMEF Bom Pastor

Farroupilha
Iasmin de Lima de Oliveira
EEEF Carlos Fetter

Pedro Thomaz Conzatti Martins
IFRS

Bento Gonçalves
Maria de Freitas Martello
EMEF Doutor Tancredo de Almeida Neves

Alan Fantin
EMEF Professora Vânia Medeiros Mincarone

Serafina Corrêa
Vítor Lorenson Bortolini
EEEF 1º de Maio