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Cerimônia marca novo nome da biblioteca do campus


A Biblioteca do Campus Veranópolis realizou a cerimônia de entrega da placa com o novo nome do espaço: Biblioteca Cely Carolina Dal Pai de Mello. O evento ocorreu no dia 5 de dezembro e contou com a presença do pró-reitor de Ensino, Lucas Coradini, do vice-prefeito de Veranópolis, Rubem Pastore, do presidente da Câmara de Vereadores, Alcides Rigo, e das servidoras da Biblioteca Pública Mansueto Bernardi (Sandra Benedetti, Liane Paludo, Márcia Maria Tedesco). Além disso, esteve presente o filho do escritor Mansueto Bernardi, Marco Antônio Bernardi.

José Júlio Dal Pai de Mello, filho da escritora homenageada, fez um breve histórico da trajetória de Cely e respondeu perguntas dos estudantes presentes.
A bibliotecária do campus Sandra Beatriz Rathke enfatizou: “Cely soube manifestar com muita perfeição os seus pensamentos, os seus anseios, as suas teses. De uma sensibilidade e espiritualidade elevada, Cely desperta em nós a mais profunda compaixão. Revelou através da escrita toda sua inteligência, sua sabedoria e, sobretudo, seu romantismo. Dissertou com muito conhecimento vários temas: os direitos das mulheres, as civilizações antigas e modernas, o avanço das tecnologias, a política, a religião, preocupando-se em especial com o futuro da humanidade, o futuro da nossa geração. Como Cely já indagava em sua época, também pergunto a vocês: A terra tem futuro? Digo, pois: nunca suas reflexões foram tão iminentes e atuais. Teve como maior inspiração e curiosidade, as constelações e os seres extraterrestres. Ficou conhecida como Cely Cósmica. Com tantas virtudes em uma única mulher, com tanta representatividade. É com muita honra que nossa biblioteca recebe hoje o nome de Cely Carolina Dal Pai de Mello”.
Sobre Cely Carolina Dal Pai de Mello

Cely Carolina Dal Pai de Mello nasceu em Veranópolis, em 16 de outubro de 1923. Em suas obras, utilizava o pseudônimo de Cymel. No Grupo Escolar de Veranópolis fundou o Clube Escolar Literário Instrutivo (CELI), para o qual escrevia dramas, contos e novelas. Foi para Novo Hamburgo, onde cursou a Escola Normal, casou-se e teve três filhos.

Transferiu residência para Porto Alegre, quando concorreu em um concurso de contos promovido pela Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul. Premiada, recebeu convite para ingressar na entidade. Por 37 anos, entre 1943 e 1980, integrou a Academia e contribuiu com a revista da entidade, Ateneia. Em 1958, lançou a sua primeira obra, Policromia Serrana. Ao todo, foram sete obras literárias, além de participações em antologias e em revistas.

Suas obras são marcadas pela busca de soluções para os dilemas do homem contemporâneo, entre elas a busca de explicação para os mistérios do cosmos. Sua biblioteca tinha mais de 700 livros sobre civilizações antigas, origens da humanidade, arqueologia e ufologia. Atenta para este último tema, Cely também era conhecida como Cely Cósmica e Irmã das Estrelas.

Fonte: arquivo documental da Biblioteca Pública Mansueto Bernardi

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