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Disciplina de Relações Humanas nas Organizações integra estudantes de diversos cursos e promove ação social


Com o objetivo de aproximar os estudantes da realidade de uma instituição comunitária local, por meio da criação de ação social, as professoras Cláudia Soave e Andressa Schaurich dos Santos promoveram, com estudantes de duas turmas, a atividade: Relações Humanas nas Organizações: aplicação de conteúdos teóricos no contexto de crianças e adolescentes. A iniciativa ocorreu nos meses de junho e julho de 2023 e fez parte da disciplina de Relações Humanas nas Organizações, composta pelos cursos: Processos Gerenciais, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Engenharias de Controle e Automação e Engenharia Mecânica.

A ação social beneficiou a Unidade de Acolhimento Institucional Casa Lar Padre Oscar Bertholdo, de Farroupilha-RS, que ampara crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

O encerramento das atividades ocorreu no dia 21 de julho, quando foram entregues à entidade donativos arrecadados em campanha solidária no campus, visando as principais necessidades da casa: foram 200 pares de meias doados e diversos itens de higiene e brinquedos. Além dos donativos, uma das frentes da atividade era o desenvolvimento de materiais lúdicos para os acolhidos da entidade, que têm entre 04 e 17 anos. Os estudantes da disciplina desenvolveram dois livros (infantil e infanto-juvenil) e jogos físicos, como quebra-cabeça, jogo da memória, jogo Torre de Hanói, e diferentes criações lúdicas. “Isso pôde proporcionar aos estudantes noções gerais sobre empatia, relacionamento interpessoal, cuidado e bem-estar, inteligência emocional, gestão de conflitos, entre outros assuntos, no contexto das relações humanas”, explica a docente Claudia Soave.

Para elaboração dos materiais físicos, os discentes contaram com o apoio do Idealab do IFRS – Campus Farroupilha, comandado pelo professor Rafael Corrêa e o estagiário João Miguel Peglow Ávila.

Em paralelo, os estudantes do segundo ano do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio, na disciplina de Gestão de Pessoas, ministrado pela professora Cláudia, escreveram mensagens em cartões individualizados para as crianças, adolescentes e equipe da Casa Lar.

Entre os estudantes da disciplina, Lucilene Viana Paiva, de Processos Gerenciais, foi quem idealizou a produção do livro infantil a ser doado à Casa Lar. Desde que as professoras passaram às turmas a ideia da atividade, a animação e a imaginação tomaram conta da discente: “A ideia do livro surgiu pela vontade de escrever algo ímpar, algo desenvolvido e escrito por nós mesmos e somente para elas (as crianças). Por alguns dias escrevi o livro infantil Gabriel, Um Amigo Especial, que fala sobre os desafios que o personagem encontra ao entrar em uma nova escola e a importância dos conselhos da “tia Adriana”. O livro também tem atividades, artes dos personagens para as crianças se divertirem, respondendo os jogos dos pontos, colorindo os desenhos, caça-palavras entre outras. Essa experiência, sem dúvidas, foi algo singular. Pude, com meu grupo, desenvolver algo único para as crianças e que eu espero que elas gostem e aprendam bastante com o livro. Sem dúvidas eu falo por mim e pelo meu grupo quando digo que deixou uma semente nos nossos corações ao fazer esse trabalho, foi algo que fez com que sentíssemos a necessidade de buscar e aprender, desenvolver, conhecer e ter empatia pelos outros”.

Fizeram parte também do ciclo de ações da disciplina, de modo a inspirar a iniciativa, duas palestras nos dias 22 e 29 de junho. A primeira, com o procurador federal Albert Caravaca, sobre Prevenção e Combate ao Assédio – aspectos jurídicos e procedimentais; e a segunda, com a psicóloga do IFRS – Campus Farroupilha, Louise Dallagnol, acerca de Inteligência Emocional e Relações Interpessoais (comunicação).

Helena Messinger: “O trabalho foi muito interessante. Pudemos parar para refletir sobre a questão social, que muitas vezes não conseguimos parar para refletir e ajudar por conta do dia a dia corrido. É muito importante as instituições no geral criarem formas de ajudar pessoas que necessitam de alguma coisa. As palestras também trouxeram aprendizagens diferentes do que normalmente é na sala de aula. É um projeto muito bonito, e deve ser levado para outros grupos!”.

Amanda de Almeida Chagas: “De início, posso dizer que gosto muito de ajudar instituições, e é muito bom saber que fiz parte de mais esta ação solidária. A experiência de elaborar uma dinâmica para as crianças foi algo realmente novo para mim, planejar e criar tudo desde o início, pensando em como isso vai agregar de forma única para cada um que jogar, também como meio de diversão e entretenimento. Eu, em conjunto com meu grupo, realizamos um quebra-cabeça das emoções, relacionado ao conteúdo aprendido em aula, acredito que tenha uma finalidade de facilitar o entendimento dos sentimentos e de como expressá-los, assim possibilitando maior compreensão consigo mesmo.”

Bianca Moreto: “Gostei bastante de participar, acredito que seja muito válido tanto para alunos e para as crianças. Nunca tinha participado de algo assim tão próximo. Agregou no curso/matéria também.” 

Fagner de Souza Mello: “Acho que a palavra que descreve essa experiência é sem dúvida “satisfação”, pois sabendo e podendo fazer algo para alguém ou por alguém, mesmo que seja para ajudar a trazer felicidade, minimamente, mostra o quanto podemos fazer para auxiliar o próximo, e, esse sentimento de realização por essa felicidade não tem palavras que descrevem.”

Fábio Henrique Brusamarello: “Para mim, esse projeto foi uma nova experiência, sempre ouvi falar sobre ações sociais, porém nunca tinha me interessado sobre o assunto até então. Ao começo do desenvolvimento do projeto, simpatizei com as crianças e adolescentes sem ao menos conhece-los, senti que poderia dar umas “dicas” sobre algumas questões que, na minha vez, não tive.”

Gabriela Maria Troes: “Um projeto muito bem desenvolvido e pensado para a comunidade de Farroupilha/RS. Com o intuito ainda mais cativante, não medimos esforços para ajudar aqueles que por vezes são esquecidos. Feliz em poder ajudar e colaborar com pequenas ações que fazem a diferença. Obrigada, professoras Cláudia e Andressa e ao Campus Farroupilha pela oportunidade.”

Junior Bruschi: “Poder ajudar as pessoas é sempre muito bom, em especial, as crianças, seres inocentes cheias de brilho nos olhos, sonhos e inocência. Este projeto nos mostrou ainda mais como demonstrar empatia com o próximo e valorizar as coisas mínimas da vida, logo, deixo aqui os mais sinceros agradecimentos por estes momentos de aprendizado e reflexão que nos permite evoluir.

Luiza Machado Lemes: “Realizar o projeto de ação social foi muito bacana, colocamos em prática conteúdos que foram explicados em aula, trabalhamos em conjunto para dar o nosso melhor e fico grata pelas aulas e experiências que adquirimos durante este tempo.”

Raíssa Gaiardo Girardi: “Durante minha participação no projeto de ação social desenvolvido na disciplina de Relações Humanas nas Organizações, tive a oportunidade de vivenciar uma experiência enriquecedora e gratificante. Desde o início, pude perceber a importância desse projeto em promover uma conscientização e colaboração do campus com a instituição do Projeto Social. A elaboração do projeto exigiu um trabalho em equipe bastante colaborativo. Juntamente com meus colegas do grupo, discutimos e planejamos diferentes ações que poderiam ser realizadas para atingir nossos objetivos. Participar e contribuir para o projeto da ação social foi uma experiência única, pois foi a primeira vez que me envolvi diretamente. Aprendi a valorizar ainda mais a importância das boas relações interpessoais e acredito que esse conhecimento será fundamental em minha futura carreira profissional. 

Dhiulia Caroline Antunes da Silva: “Como estudante, acredito que toda tentativa de aplicações práticas de conteúdos que aprendemos em aula faz-se de grande valor. Quando conseguimos avaliar a forma pela qual os conhecimentos adquiridos em sala de aula podem ser utilizados em nossa vida, a motivação para seguirmos firmes no processo de aprendizagem aumenta cada vez mais. Ainda melhor que uma atividade que põe em prática os conhecimentos adquiridos, é a possibilidade de utilizar tais conhecimentos para contribuir de alguma forma com a sociedade ou comunidade. Apreciei muito a iniciativa de praticar nossa humanidade, relacionando-a com as reflexões propostas pela disciplina. Ao final de projetos como esses, somos capazes de lembrar do sentimento de solidariedade. Também faz-se evidente a forma que podemos relacionar o que a disciplina aborda com nosso cotidiano. Com base nas aulas, meu grupo mostrou-se capaz de desenvolver uma atividade leve e com certeza sentiu-se feliz com o resultado. Também espero que nossa contribuição faça diferença, mesmo que seja de maneira discreta.

Mariana Emília Rossatto de Moraes:“Participar desse projeto foi uma experiência gratificante. Através dele, tive a oportunidade de contribuir para uma causa importante, ao mesmo tempo que aprofundava meu conhecimento sobre os conteúdos relacionados à disciplina de Relações Humanas. Eu e meu grupo desenvolvemos um trabalho abordando o tema “Inteligência Emocional e Gestão de Conflitos”, o que nos proporcionou a oportunidade de explorar conceitos teóricos discutidos em sala de aula e aplicá-los de forma prática na criação de um quiz online. Essa abordagem também nos permitiu trabalhar com algo diretamente relacionado à nossa área de estudo, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o que acrescentou ainda mais conhecimento e experiência. Contudo, participar desse projeto de ação social foi enriquecedor em diversos aspectos. Além de realizar uma boa ação ao ajudar crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, pude aprofundar meus conhecimentos, aplicar conceitos em um projeto prático e trabalhar em equipe de maneira organizada e colaborativa.

Mauricio Tonin Verona: A minha experiência pessoal com o projeto integrador pode ser classificada como edificante. No início houve um certo receio sobre se conseguiríamos realizar, mas o processo fluiu de forma natural, conseguimos apoio do laboratório e a professora foi muito solícita, sempre buscando ajudar os grupos, o que aumentou a confiança na realização do trabalho. Buscamos desenvolver um jogo nos colocando no lugar das crianças, queríamos algo duradouro, de qualidade, e conseguimos. Com esse trabalho me senti grato por conseguir ajudar as crianças, que por muitas vezes tanto necessitam de itens que para nós são do cotidiano. No que diz respeito à arrecadação de donativos conseguimos entre nosso grupo diversos itens, porém onde sentimos a maior dificuldade foi no engajamento das pessoas externas à disciplina. No geral a experiência foi ótima, e espero ver mais ações como essa pelo campus do IFRS – Campus Farroupilha.

Matheus Mayer: É muito gratificante elaborar uma atividade, neste caso um joguinho, para uma causa nobre. Pensar em qual jogo vão gostar, usar e como fazer com que chame a atenção das crianças foi muito especial porque de nada adiantaria dar a eles algo que não fosse pensado, com carinho, para eles.

Registros fotográficos das atividades da ação:

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