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Projeto revisita patrimônio cultural de Farroupilha e desenvolve oficinas com estudantes da rede pública


O IFRS – Campus Farroupilha realizou ao longo de 2025 o projeto de extensão “Caminhos de Cultura, Lugares de Memória: revisitando o patrimônio histórico e cultural do município de Farroupilha”. A iniciativa contou com a participação das estudantes Natália Moterle Fiorio (bolsista) e Luisa Fernandes Zanotto (voluntária), sob a coordenação do historiador e técnico administrativo em educação do campus Marcos Peccin Junior. A equipe atuou nas atividades de pesquisa e nas ações educativas junto à comunidade.

Com o objetivo de compreender como os patrimônios culturais integram a trajetória da cidade e contribuem para a construção das identidades locais, a equipe desenvolveu um amplo levantamento histórico. Foram realizadas visitas a arquivos públicos, como o Arquivo Municipal João Spadari Adami (Caxias do Sul) e o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), além de pesquisa em livros, fotografias, jornais e documentos disponíveis na Biblioteca Pública Olavo Bilac. O grupo também realizou, em Farroupilha, visitas guiadas ao Museu Casa de Pedra e ao Museu Casal Moschetti, aprofundando o estudo sobre as experiências dos primeiros imigrantes e da sociedade regional.

Oficinas em escolas

Para compartilhar o conhecimento produzido, o projeto promoveu três oficinas de educação patrimonial com turmas do 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas do município Antonio Minella e Nossa Sra. de Caravaggio. As atividades, que ocorreram entre setembro e novembro, dialogaram com conteúdos previstos pela Base Nacional Comum Curricular, estimulando as crianças a reconhecer e valorizar os patrimônios culturais locais.

As oficinas utilizaram materiais educativos elaborados pela própria equipe, como a Caixa de Memórias, um mapa afetivo da cidade, uma maquete de Farroupilha e o jogo de tabuleiro “Uma Jornada pelo Patrimônio Cultural”, doado às escolas para uso em futuras atividades. As crianças foram convidadas a refletir sobre suas próprias lembranças e referências culturais, produzindo desenhos que passaram a integrar simbolicamente à Caixa de Memórias.

Segundo Marcos, a proposta buscou estimular o sentimento de pertencimento e o entendimento das crianças como agentes de preservação da memória coletiva. Os resultados foram avaliados de forma positiva pela equipe, que destacou a participação ativa dos estudantes e o diálogo construído ao longo das ações.

O projeto permitiu também a formação acadêmica das bolsistas e voluntárias, que vivenciaram experiências de pesquisa, mediação cultural e interação com a comunidade. As atividades reforçam o compromisso do IFRS com a valorização da história local, o fortalecimento dos vínculos comunitários e a promoção da educação patrimonial como prática cidadã.

“Aprendi muitas coisas sobre o patrimônio cultural de Farroupilha e sobre a importância da preservação dos bens culturais, para que uma história se mantenha viva. Além disso, estudamos e pesquisamos a relação entre a cultura e a identidade de um grupo social, e que ambos vinculam-se ao exercício da cidadania. Enfim, foi possível adquirir novos conhecimentos, que geralmente nós não temos contato, e ter experiências bem interessantes com pesquisas leituras acadêmicas”, ressalta a bolsista Natália.

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