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[História de Aluno] A crônica de pai e filho que são colegas no IFRS


Além de pai e filho, Claudinei Lopes, 42 anos, e Abner Asafe Lopes, 19 anos, são colegas de sala de aula. Ambos estão no terceiro semestre do curso Técnico em Eletrônica no IFRS – Campus Farroupilha. Assim como essa situação é inusitada, também foi inesperada por Claudinei e Abner.

Em 1998, Claudinei formou-se no curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio pela UFPel, onde teve contato com o curso Técnico em Eletrônica por meio das semanas acadêmicas da universidade, o que chamou sua atenção e interesse. Anos depois, sua vontade de conhecer melhor a área permaneceu. No segundo semestre de 2016, Claudinei soube do curso no IFRS, fez sua inscrição para o processo seletivo do Técnico em Eletrônica e instigou o filho que no início não teve muito interesse em tentar uma vaga no curso, mas ingressou.  

Desde então, a relação, que antes era apenas de pai e filho, se tornou uma grande amizade, em que puderam se conhecer melhor e a ter uma nova visão um do outro, dentro e fora da instituição. Claudinei afirma: “A gente não tinha tanta afinidade e agora, nesse período que a gente tá junto, acabamos nos conhecendo bem melhor e nos tornamos mais amigos.” E rindo o filho continua: “Tu nunca vai imaginar ver teu pai dentro da sala de aula. Eu achava que ele era um pouco mais comportado (risos), antes via ele bem mais sério, mas aqui percebi que ele é muito mais brincalhão.”

A experiência tem sido bem propícia para ambos, que também trabalham na mesma empresa. Isso vem facilitando e diminuindo despesas desde que começaram com essa rotina. Claudinei comenta: “Acordamos juntos, vamos para o trabalho juntos, almoçamos juntos, vamos para casa juntos, estudamos juntos…”. Ambos têm se ajudado, e isso facilitou o processo de aprendizagem para eles. Por morarem em Caxias do Sul e terem colegas que moram em outras cidades, fazer os trabalhos em grupo com alguém que mora na mesma casa é uma grande facilidade. Mas o espírito competitivo sempre está presente. Eles comparam atividades e conferem juntos pra ver quem acertou, mas também torcem um pelo outro, afinal, como vão fazer se um não passar em alguma matéria?

Em relação ao curso técnico, Claudinei acredita que atendeu suas expectativas ao longo dessa etapa, também por razão de estar familiarizado com tal formação. Já Abner esperava aulas mais práticas, e não imaginava que o curso abrangesse tanta teoria. A parceria em aula segue até o final do ano, quando se formarão e seguirão na carreira, provavelmente ainda juntos.

[Reportagem e foto: Camila Angela Mugnol e Natalia Perottoni, bolsistas do programa Campus da Gente – Núcleo de Comunicação e Criatividade do IFRS Campus Farroupilha. Edição: Nícholas Fonseca]

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