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Projeto “Laços que Transformam” promoveu cuidado, acolhimento e aprendizado no Recanto da Compaixão
Alunos do curso superior de tecnologia em Processos Gerenciais do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Farroupilha colocaram em prática, no mês de outubro, o projeto “Laços que Transformam”, voltado à promoção do bem-estar e à valorização dos idosos residentes na Instituição de Longa Permanência Recanto da Compaixão Frei Salvador, em Caxias do Sul- RS.
Planejado durante esse semestre na disciplina Gestão de Projetos, ministrado pela professora Tânia Craco, o projeto extensionista reuniu mais de 30 estudantes, que contaram também com a força de profissionais voluntários das áreas da saúde e beleza, em atividades realizadas no local. A ação uniu teoria e prática na formação dos futuros tecnólogos em Processos Gerenciais, e teve como eixos centrais o cuidado, a empatia e a gestão colaborativa.
Entre os positivos resultados da ação, a turma trabalhou em encontros com atividades recanto (veja abaixo), além da organização da sala de Terapia Ocupacional, realizando a limpeza, pintura e ambientação do espaço, que teve inauguração no último dia 25.
Cuidado integral e valorização humana
No dia 11 de outubro, os alunos organizaram uma programação voltada ao cuidado físico e emocional dos residentes. Foram oferecidas ações de fisioterapia e psicologia, oficinas de estimulação cognitiva e recreação, e um momento de convivência entre estudantes, voluntários e idosos.
De acordo com o grupo, o objetivo foi promover o cuidado integral, contemplando aspectos físicos, emocionais e sociais, e reforçar o valor do idoso como sujeito de direitos, estimulando a autonomia, a autoestima e o sentimento de pertencimento.
A segunda etapa, realizada no dia 18, ficou conhecida como o “Dia da Beleza”, e teve foco na autoestima e no autocuidado. Idosos receberam cortes de cabelo, penteados e esmaltação das unhas, além de participarem de uma palestra sobre saúde bucal e autocuidado, conduzida por uma profissional da odontologia. Oficinas de artesanato e jogos completaram a programação, garantindo momentos de integração e alegria.
O projeto foi concluído em 25 de outubro, com o evento “Entre Gerações: Viver, Sentir e Compartilhar”. A ação contou com a presença da gestão da casa e do frei Jaime Bottega e marcou a inauguração da sala de Terapia Ocupacional e a entrega de mais de meia tonelada de donativos à instituição — aproximadamente 600 kg de alimentos, 11 mil unidades de produtos de higiene e 1,9 mil unidades de fraldas geriátricas.
Aprendizado e solidariedade em ação
Durante a execução do projeto, os alunos enfrentaram desafi
os que exigiram planejamento, empatia e capacidade de adaptação. Situações como a reorganização de tarefas e o trabalho em equipe diante de imprevistos fortaleceram o aprendizado prático dos estudantes em gestão e liderança. “Cada etapa foi uma oportunidade de colocar em prática o que aprendemos em sala de aula, mas principalmente de desenvolver a sensibilidade e o olhar humano sobre o outro”, comentam os participantes no relatório do projeto.
Além dos benefícios aos idosos, que demonstraram satisfação e entusiasmo com as atividades, o projeto também promoveu transformações pessoais e profissionais nos estudantes, reforçando o compromisso do IFRS com a formação cidadã e o engajamento social: “Podemos verificar que um bom gestor consegue, em adversidades, colocar em prática quando tem um objetivo muito bem claro. Formamos profissionais completos e cidadãos conscientes”, acrescenta a docente Tânia Craco.
Resultados e impacto
Entre os resultados observados pelos participantes da ação, destacam-se o fortalecimento dos vínculos afetivos entre os residentes e os alunos, a melhora perceptível na disposição e na autoestima dos idosos e o engajamento crescente da equipe do Recanto da Compaixão nas atividades.
O projeto “Laços que Transformam”, de acordo com o relato dos estudantes, que gestos simples de cuidado e atenção podem gerar grandes transformações, tanto para quem recebe quanto para quem doa seu tempo e dedicação. A experiência deixou lições sobre empatia, trabalho em equipe e o poder do aprendizado vivencial.
(Fotos: Arquivos / estudantes e professora Tânia Craco)



