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Ainda com atividades presenciais suspensas, IFRS faz preparativos para futuro retorno


A retomada das atividades presenciais no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) depende de um cenário de maior segurança para estudantes e servidores. O acompanhamento dos dados sobre a evolução da pandemia de Covid-19 no Estado e das orientações dos órgãos de saúde soma-se ao planejamento e à execução de uma série de iniciativas nos campi e na Reitoria para preservar estudantes e servidores do contágio do novo coronavírus, sem descuidar da qualidade da educação.

Parte importante desse trabalho vem sendo conduzido por dois grupos: a Comissão Retorno Seguro IFRS e o Grupo de Trabalho (GT) de Retomada do Calendário Acadêmico. As equipes, compostas por servidores de diferentes áreas e unidades, vêm se reunindo virtualmente, e há uma série de ações já em andamento, além de  outras previstas ou propostas. Conheça mais o trabalho dos grupos, que vem ocorrendo com o apoio dos Comitês de Crise para Prevenção e Acompanhamento da Covid-19 da Reitoria e dos campi:

Comissão Retorno Seguro IFRS

A comissão planeja e dá início a ações para garantir que, quando chegar o momento (ainda sem previsão), o IFRS consiga oferecer condições adequadas para o retorno da comunidade acadêmica às atividades presenciais.

Entre as ações iniciais está em execução um estudo dos espaços físicos de todas as unidades do IFRS e um levantamento detalhado da ocupação de cada área, nos diferentes turnos de funcionamento. O estudo observa ainda se os espaços estão em acordo com a legislação e aptos para o uso, considerando as novas orientações para evitar o contágio do coronavírus.

Com essas informações, o IFRS pretende garantir o cumprimento de um distanciamento entre as pessoas e embasar a distribuição de equipamentos de proteção individual (como máscaras), a disponibilização de álcool em gel, pontos com água e sabão e a readequação dos serviços de limpeza e higienização.

A comissão tem dado especial atenção também aos grupos de risco para a Covid-19. Nesse sentido, a Seção de Atenção ao Servidor (Sats) realizará uma pesquisa para identificar servidores classificados nesses grupos, visando um possível redimensionamento das atividades e avaliação de continuidade do trabalho remoto para esses profissionais.

“É importante enfatizar que todos os passos trilhados até aqui tomaram como base os estudos divulgados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Deverá ser adotado, no mínimo, o protocolo indicado pelo Modelo de Distanciamento Controlado do RS relativo à áreas da educação, o qual ainda em fase de elaboração. Nesse sentido, as ações serão em consonância com recomendações científicas e em parceria com as demais instituições públicas de educação”, salienta o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IFRS, Amilton de Moura Figueiredo, que integra a Comissão Retorno Seguro.

Confira a síntese do andamento das ações da Comissão:

Aquisição de 3 mil litros de álcool gel – executada;

Produção de máscaras – em execução;

Estudo dos espaços físicos do IFRS – em execução;

Identificação de servidores pertencentes a grupos de risco – em execução;

GT Retomada do Calendário Acadêmico no IFRS

Um grupo de trabalho discute especificamente os princípios e diretrizes que vão orientar o retorno às atividades educativas presenciais nos campi do IFRS. O trabalho teve início com um estudo das legislações recentes que impactam na organização do calendário escolar e análise de questões relacionadas ao uso de ensino remoto (questões legais, técnicas e pedagógicas). Foi realizado ainda um diagnóstico entre servidores e estudantes sobre a situação da comunidade acadêmica no período de pandemia e as condições de realização de estudos a distância neste período.

Com base nos dados levantados, os integrantes do GT trabalham agora na proposição de estratégias pedagógicas pensando na futura retomada das atividades presenciais e na organização do calendário acadêmico. As sugestões estão sendo elaboradas para apresentação ao Conselho Superior (Consup) do IFRS, que decidirá pela aplicação e definirá o detalhamento. Entre as propostas já planejadas estão:

– Ações de acolhimento aos estudantes no retorno presencial, com especial atenção para as de assistência estudantil e relacionadas ao acompanhamento psicossocial;

– Avaliação diagnóstica dos conhecimentos após o período de afastamento do espaço de sala de aula, para melhor planejamento das atividades que serão desenvolvidas;

– Adoção de planos de estudos domiciliares para estudantes pertencentes a grupos de risco ou com comorbidades, que apresentarem recomendação médica para o afastamento das atividades letivas;

– Priorização do atendimento dos estudantes que apresentem déficit de aprendizado gerado pelo período de afastamento, em situação de vulnerabilidade social ou com qualquer condição limitante de aprendizado;

– Estratégias de recuperação de conteúdos específicas para aos estudantes formandos, de modo a permitir a participação de forma qualificada em processos seletivos e o avanço para outros níveis de ensino;

– Flexibilização do número de dias letivos, conforme Medida Provisória 934/2020, preservando a carga horária dos componentes curriculares;

– Emprego de práticas pedagógicas adequadas a este momento de excepcionalidade, observando as particularidades de cada nível e modalidade de ensino, as características dos discentes e as práticas inclusivas.

O pró-reitor de Ensino do IFRS, Lucas Coradini, salienta que a instituição tem ciência que a retomada das atividades não se dará num cenário de normalidade, sendo necessária uma preparação especial: “Será preciso realizar ações de acolhimento aos estudantes, dedicando um olhar especial àqueles que mais sofreram com este período de distanciamento da escola e buscando práticas pedagógicas inovadoras para a recuperação dos conteúdos”. O pró-reitor acrescenta: “Há muitas possibilidades para realizar esta recuperação, de forma presencial e com atividades remotas, salientando que as atividades remotas não implicam necessariamente no uso do EaD, mas podem se dar através da realização de projetos integradores, envolvimentos dos estudantes em atividades de pesquisa e de extensão, planos de estudos dirigidos, uso da metodologia da sala de aula invertida, entre outros”.

O GT apresentará à comunidade um conjunto de possíveis estratégias pedagógicas, prevendo flexibilidade para que cada campus empregue as que mais se adaptam à realidade local, aos tipos de curso e às características do público discente.

Confira a síntese do andamento das ações do GT:

Estudo das legislações recentes que impactam sobre a organização do calendário acadêmico – executada
Análise de questões legais, técnicas e pedagógicas relacionadas ao uso de ensino remoto – executada
Diagnóstico entre servidores e estudantes – executada
Propostas de estratégias pedagógicas para retomada das atividades presenciais e organização do calendário acadêmico – em execução
Apresentação e votação das propostas do GT pelo Consup –  prevista

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